A repulsa da população pela política e pelas atuais formas de democracia
representativa traz a reflexão sobre a necessidade da participação direta
popular no que tange à destinação das verbas públicas com a finalidade de
propiciar a efetivação de políticas públicas.
O Estado é o principal ator no cenário político que pode ou não gerar
condições necessárias para que as políticas públicas sejam ou não efetivadas e
para tanto, necessita buscar pautar todas suas decisões dentro da legalidade,
fortalecendo as formas democráticas de ação, alcançando seus objetivos os quais
poderíamos tentar vislumbrar em três sentidos distintos tais como: Objetivos de
estabilidade macroeconômica, equilibrando assim recursos e despesas; Objetivos
setorial e regional de recursos, dirimindo as desigualdades sociais; Objetivos
de eficiência orçamentária, ou seja, real implementação dos recursos públicos
voltados a população, oferecendo
qualidade a quem de direito.
O impacto negativo por parte do governo surge, quando este abandona os
princípios constitucionais de erradicação das desigualdades sociais, culturais
e econômicas e se perde quanto ao papel que desempenha, não investindo o
necessário para que as necessidades básicas da população sejam supridas, ou
seja, não investe em políticas públicas.
Ao analisar os orçamentos
participativos, ressalta-se a necessidade de valorizar a democracia direta
participativa, de maneira a dotar de legitimidade as decisões oriundas do poder
público bem como atender os problemas da comunidade uma vez que não podemos e
não devemos negar a natureza política do orçamento. Além disso, com a
participação popular na elaboração dos orçamentos o Poder Legislativo acaba
tendo mais destaque tendo em vista que, acatando a opinião pública, adquire a
confiança popular, aumentando o crédito da população em seus agentes políticos,
fazendo emergir não só a confiança,como também a própria implantação de
produtos e serviços que cheguem ao seu destino final, ou seja, o munícipe, que
a partir de então se sente “menos lesado” diante da contrapartida prevista entre
a arrecadação de impostos e prestação de bons serviços a população.
Em síntese, o gestor público precisa decidir qual
impacto ele realmente deseja causar através da gestão que lhe fora confiada
independentemente da esfera de governo, aplicando as dosagens necessárias na
busca pelo equilíbrio entre os objetivos da população e do Estado, pautados
sempre em nossa Carta Magna.
Grande abraço a todos.
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