Um projeto feito em parceria entre o governo do estado de São Paulo,
a prefeitura paulistana e a União, lançado hoje (28), pretende criar 20 mil
moradias no centro expandido da cidade de São Paulo – região localizada entre
as marginais dos rios Tietê e Pinheiros. As unidades serão viabilizadas com
auxílio de parcerias público-privadas.
Os beneficiados deverão ser
trabalhadores do centro da capital paulista, que não têm imóveis em seu nome.
De um total de 20.221 unidades habitacionais, 12.508 serão destinadas à
população com renda de até R$ 3.775 (cinco salários mínimos estaduais). As demais
7.713 unidades irão para trabalhadores com renda entre R$ 3.775 e R$ 10.848 e 2
mil unidades serão destinadas a entidades que trabalham pelo direito a moradia,
habilitadas pela Secretaria de Estado da Habitação.
O investimento total nos conjuntos
habitacionais será R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 2,6 bilhões da iniciativa privada.
A contrapartida do governo do estado, a fundo perdido, será R$ 1,6 bilhão, em
parceria subsidiada pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, da União. A
prefeitura de São Paulo irá apoiar o projeto com R$ 404 milhões, uma média de
R$ 20 mil por unidade habitacional.
“Estamos começando a corrigir esse
grave desequilíbrio da cidade de São Paulo, que afastou o morador do seu posto
de trabalho, causando tantos transtornos, sobretudo na questão da mobilidade
urbana, que não se resolve só com transporte”, disse o prefeito Fernando
Haddad.
O projeto prevê a construção de
empreendimentos nos distritos da Sé e da Praça da República e nos bairros do
entorno do Brás, da Bela Vista, do Belém, do Bom Retiro, do Cambuci, da
Liberdade, da Mooca, do Pari e de Santa Cecília. O maior número de
unidades habitacionais – 7.076 – será concentrado nos bairros da Barra Funda,
de Santa Cecília, do Pari e do Bom Retiro.
A área formada pela Praça da República
e pela Bela Vista deve receber 2.857 novas unidades. Nos bairros do Cambuci e
da Mooca, os projetos preveem a construção de 2.409 unidades. Bresser e
Belenzinho devem receber 2.594 novas moradias e a região do Belém, 2.377.
“[Vamos] trazer de volta as pessoas para
morarem na região central, onde está praticamente um quinto dos empregos de São
Paulo, diminuindo o deslocamento e recuperando o centro da cidade”, disse o
governador Geraldo Alckmin.
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